terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Na terra onde eles dançam mais que elas.

Diz que isto de ter guia até dá um jeitinho para conhecer uns cenários... Ou como diz o outro, segundo dia nas alemanhas (sim Bilhinhas posts atrasados e o camandro!), segunda associação portuguêsa que conhecemos (farto de portugueses pah!).

Começando então a noite num magnífico jogo de Kegel, coisa famosa por aqui, foram passados bons momentos a atirar bolas ao calhas enquanto eramos gozados pelo povão mais experiente (mentirinha jogamos de caralho daquilo) e a bebericar umas fresquinhas, tendo oportunidade de quebrar todas as regras do jogo por azelhiçe, arrecadando entretanto algumas jogadas míticas como o super-strike da Pisto e a minha jogada fabulosa "escorrega-a-bola-da-mão-passa-por-cima-do-fio-e-pelo-meio-dos-pinos-sem-atirar-nenhum-abaixo".

Kegel: parecido com bowling, mas bolas pequenas sem buracos, chão estreito, e a bola tem que passar por baixo da corda.

Segue-se então para a jantarada na dita segunda associação, em Borghost, onde constatamos que o bom português até na Alemanha arranja maneira de roubar ao estado, e posso-vos dizer que é de caçadeira na mão! Sim porque ganhar dinheiro como esterco nunca é suficiente, há que arranjar mais uns troquitos entre manhas e papelada... Tugas sempre a dominar a situação.

Após várias conversas com diversos imigrantes sobre o que realmente se passa aqui na terra das Merkerls, metemos a terceira e seguimos para a parte mais interessante da noite: a discoteca INDEX. Apanhamos uma juventude aqui da zona (gentes faladoras do português) e abre alas até chegarmos a uma das maiores discotecas da Alemanha. Basicamente imaginem o Pacha mas em ponto grande.

Até vos podia falar de como a discoteca é bonita e fófinha, com um ambiente brutal, onde tudo o que é gajo sobe para as mesas para dançar em vez delas (assustador em sei), mas nada disso se compararia à nossa aventura pelos quinhentos bares das várias pistas da discoteca.

Ora sucede que já farto de falar português, ponho os tomates no sitio e vamos lá pedir uma bebida em alemão. Perguntei então ao povão como se pedia vodka-maracujá (tomates no sitio mas a pedir uma bebida de coninhas) e lá fui eu, seguindo-se então o diálogo:

Clipzinho: Hallo! Eins vodka-maracuja! (tudo com uma excelente articulação do alemão claro... Not.)
1ª empregada: Não percebeu.
Clipzinho berra: EINS VODKA-MARACUJA!
1ª empregada desiste e chama a segunda empregada.
Clipzinho repete o berro anterior, e após decidir que não devia haver maracujá, passa para o limão: Vodka-Lemon!
E finalmente a segunda empregada serve-me uma bebida num copo pequeno, que se veio a revelar suminho de limão... mas do bom! Daquele de 3 euros.

Óbviamente fui despejar as minhas mágoas na Pisto, e ela, com bastantes mais tomates no sitio que eu, segue também ao bar pedir duas vodkas-limão, as quais após vários gritos, berros e gesticulações, acabaram por ser shots de tequilla. Mas não contentes, ála pedir umas cervejas da moda só para nos espetarem com panachés de garrafa do bucho... em suma, muito de alemão se falou no nosso segundo dia.


E assim se acabou a noite meus amigos, após grandes hits da nossa infância como Sandstorm, Barbie World, Samba di Janeiro e Ai se eu te pego, e um certo alemão que se atirou forte à Pisto, o qual foi descartado por, imaginem, não saber onde era Portugal, o pobre coitado.

Still in Emsdetten.

Karlsruhe, não há nada como tuhe

Hallo pips,

é terça-feira, a meio da tarde e estou de volta ao "net grátis café", vulgo Starbucks. Estou sozinho hoje, porque a maria joaquina (Bilhas) teve que ir trabalhar hoje e eu não (começo na segunda). Mais uma prova de que os alemães são inteligentes, há que botar as mulheres pó trabalho mais cedo porque a elas custa-lhes mais a aprender as coisas e precisam de tempo para amainar o conhecimento naquelas coisas que têm em cima dos ombros (tou só a brincar a bilhas até sabe umas coisas, inda ontem contou até 10. Fiquei mesmo orgulhoso!)

Ora no domingo, depois de jantar fomos para a pousada para ver o fcp na net. Depois de quase ter tido um ataque cardíaco com o penalty falhado, lá ganhámos e a bilhas já pôde tirar a fralda, porque julgou que se não ganhássemos ela é que ia "pagar a factura" (julgou bem pq eu tava sem dinheiro).
Após o jogo, fui rever os meus artigos (tínhamos reunião no dia a seguir com os orientadores), enquanto foi a vez dela ir à net. Facto engraçado destas "couple hours" é que o trompetes (aquele tipo que ressonava como a emily rose quando estava no pico do exorcismo) estava a falar com uma chica na net. E eu pensei de mim para comigo "OOOOOptimo!!! Se eu não for para a cama antes de ele ir, tenho fortes possibilidades de adormecer antes do comboio das 2h!!". De maneiras que estava com um olho no estudo outro no bulldozer. Ele acaba lá os espantos que estava a fazer em frente ao pc e vai pa se deitar, eu e a bilhas fomos também. Quando chego ao quarto (32 segundos depois dele, só pa disfarçar que não foi pensado) ele estava de luz ligada e a mexer em tudo o que era mala e os outros todos, que já estavam a dormir, estavam a rebolar na cama por causa da luz e a fazer barulhos de sacrifício. Dois deles eram novos ali e eu pensei: "Ai estais a queixar-vos da luz?? Esperai até ele a apagar, aí ides ver o que é dor!" e sorri ao pensar na forma agreste como este jovem trata os sentidos dos outros. O que é certo é que, na corrida do "quem adormecer mais rápido ganha" em que participava só eu, porque para ele era igual, ganhei! Não ouvi um single noise, ou então ele desobstruiu as vias respiratórias com alguma espécie de guindaste ou de piaçaba.

Manhã de segunda-feira, levantar tomar banho (aqui somos os únicos que tomamos banho de manhã, somos os estranhos), tomar pequeno-almoço (melhor e mais barata - grátis - refeição do dia), apanhar o tram e efectuar o meeting com os nossos orientadores.

Depois de anunciados, lá chegam eles, Mark e Sven. Simpáticos e prestáveis lá nos levaram em modo tour, pelo Marx Roubner Institut, onde conhecemos pessoas, locais de trabalho, reactores, programas,... Enfim tudo por onde se vai passar a acção. Ficámos bastante satisfeitos com o que vimos e com o que vamos fazer.

Hora de almoço: 11h30. Sendo que aqui é +1h, quando forem 10h30 em Portugal, vamos estar nós a almoçar (pacífico). Fomos almoçar com os investigadores, à Mensa (a cantina da universidade), e pela primeira vez comemos um prato tipicamente alemão. A experiência foi: positiva. É que embora não faça a mínima ideia do que comi ou do que continha aquilo, gostei. Apenas consegui constatar 3 coisas: tinha aspecto de lasanha, sabia a lasanha, não era lasanha. Ah, constatei também que tinha batata, mas tipo aqui tudo tem batata. Por isso é que vimos ao starbucks, é o único sítio onde não nos servem um café com batata (brincadeira, servem sim se a gente pedir).

De tarde, andámos a tentar comprar bicicletas. Tentámos encontrar lojas, para saber preço e para saber se arranjam bicicletas, porque temos uma pessoa de cá que nos dá uma, mas que está um bcd velha e precisa de uns ajustes.. Lá encontramos uma loja, entrámos e encontrámos o vendedor mais estranho de sempre. Falava tipo a cantar com uns "hmm?" em jeito de "tás a perceber?" lá pelo meio e parecia não querer fazer negócio, ou já estava calejado com estudantes lá a fazer negócios fail (ou em português: negócios à moda da gaita). Como ideia geral da nossa ida lá ficou-nos: ele vende bicicletas da peugeot (what?? a gasóleo ou a gasolina?), a mais baratuxa fica por mais de 400eur ("mas é muito segura" dizia ele.. Ai não duvido que seja, mas é para ele, que ao vender uma daquelas quase que faz o mês!) e que ele é menino de nos arranjar a outra bicla, mas que a coisa é capaz de ficar aí por uns 200eur. Muito obrigado amigo, prazer em conhecê-lo, mas agora temos que ir que temos o tacho ao lume e aquilo inda se queima.. E partimos, com a ideia de que realmente temos que comprar uma bike aí a algum macambúzio que esteja a abandonar o erasmus, e que o preço não passe os 30 aéreos.

Fomos à pousada pousar as coisas para ir jantar, e algo de estranho se passava. Ao longe começamos a avistar muito boné e muita cabeça oxigenada.. Aproximá-mo-nos e reparamos que está por lá uma malta "estranha ao serviço". Vá-se lá saber porquê, cuspiam tudo... Pensámos: ou são os Tokio Hotelo (aqui a bilhas ficou toda contente, pensou que íamos deixar de dormir numa pousada) ou efectivamente um de nós ia ser violado e eu, subtilmente, começo a empurrar a bilhas para a frente, pode parecer falta de cavalheirismo, mas não era, a razão é que estavam a doer-me muito as costas e não queria piorar.
No final de contas e com o tempo, verificámos que eram uma malta até bastante porreira e simpática, e valeu por conhecê-los porque eram bastante diferente do que tínhamos visto até agora.

Jantar num italiano no centro comercial, pizza. O dono interpretou que éramos espanhóis (não lhe escapa uma) e perguntou "espanhóisi?", nós: "portugueses", ele "postuguesi? Porqui não falani italiani" (ou algo do género) e lá começamos a falar português mas com as palavras todas terminadas em "i". E ele prosseguiu, "Itáli e Portugali, paísi irmani" e nós "si, clari" e ele "aqui na cidadi, muiti portuguesi" e nós " siri? ondi?" "Dolce Vita, tem nomi italiani, mas ere portuguesi" e ele virou-se de costas a explicar e a dizer: "dskfjaskldi skdffaji asdjahsdi asdasdgi" vira-se outra vez pa nós e: "fácili" e nós com cara de cú: "obrigadi". Depois, erradamente, tentei dizer-lhe que era aos locais italianos que íamos para tomar expresso, em bem da verdade, não sei bem o que lhe disse, só sei que ele respondeu isto: "Espresso? Temos, quanti queri?", como não sabia dizer-lhe nada disse "espiri, uno minuti, vamos comeri" a meio da refeição grita ele lá do balcão: "hombre! hombre! Expresso?" e eu: "mais um minuti" e depois de comermos lá fui buscar o expressi... Deus, que bom! O melhor e mais barato expresso que bebemos aqui, melhor que em muitos sítios em portugal, por "apenas" 1,50 eur. No final de contas até ficámos felizes e o gajo também, porque gostava de falar, mesmo que seja com alguém que não o percebe.

Ao sair do centro comercial lá fomos procurar o "Dolce Vita", até desistirmos depois de uma horita a passear em busca dos "portuguesi". Depois voltamos a tentar. Fomos para a pousada.

Hoje foi dia de "pica-boi" para a bilhas e lá foi ela cedo trabalhar (alguém tem que botar o pão na mesa) e eu acordei tarde (10h), antes que chegasse a mulher da limpeza como da outra vez e quase me apanhasse com a bela da nádega à vista. 

Almoçámos no turco onde já tínhamos comido uma pizza muito gostosa e desta vez não desiludiu e fez um pitéu maravilhoso do qual já não me lembro do nome. Trabalham bem e são simpáticos, porreiro pah!

Amanhã ou depois muda-mo-nos para a residência, vai ser fácil atravessar a cidade com 3 malas cada um. Na boa mesmo! E se nos der a fome, inda vamos a rilhar qualquer coisa e levamos as malas todas só com uma mão. 


Alguns apontamentos:

- ontem deu entrada na pousada uma senhora enorme (gigante mesmo) e com um cabelo de orientação estranha, que à primeira vista me pareceu o Herman José, mas que a bilhas preferiu nomear de "mulher do Hagrid", diz a bilhas: "ela deve sofrer de gigantismo" ao que eu repondi: "não, do gigantismo sofre o marido". Ela chegou a fazer uma vez amor por cima, com o primeiro marido, depois enviuvou e com este já não faz. O medo da bilhas era que ela fosse parar ao quarto dela, pois a única cama disponível era a que ficava precisamente acima dela;

- finalmente ontem vi aí umas alemãs daquelas mesmo boas e tal. Uma delas era mesmo fora-de-série, assim vale a pena porque os olhos também comem!;

- tal como acontece com o songoku não se pode deixar a bilhas olhar para a lua, quando for noite de lua cheia senão acontece o que se pode ver na foto aí em baixo.



Tschüss

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Amigos interessantes


Esquecemos de mencionar que também conhecemos pessoas interessantes. Cá na pousada existe o Meias e a Chouriças.
O Meias é o senhor alemão grande que nos fez soltar as gotinhas. Eu achava que ele estava de chinelos e meias quando nos deu o sermão ameaçador, mas não estava. Apesar do nome não o sugerir, quando ele aparece até nos causa tremores. É que ver um homem grande e encorpado careca com bigode, singlet calças d fato treino e chinelos é bastante assustador.
A Chouriças é uma das minhas colegas de quarto. A rapariga até é simpática, só que tem a particularidade de todos os dias aparecer com um chouriço, diferente, em cima da mesa do quarto num saquinho entreaberto. Não sei porquê que faz questão de deixar os saquinhos abertos, lá deve ser porque o piteu precisa de respirar.

Mas já agora nós também andamos a comer comida típica alemã :




Oh pah sabia era um bocado a comida chinesa. Mas é este o espírito, ir para fora e experimentar coisas novas que nunca comemos ou vimos na vida, e que segundo o Carlos cheira a mijo, mas é gostoso.

E pronto foi só mais um apontamento dos novos lenhadores de Karlsruhe.

tschüss, küsst

Sem o satrbucks não havia net grátis, mas como há starbucks há net grátis

Olá malta do mundo e arredores,

back to the free internet, back to the situation point.

Ontem conhecemos duas raparigas. Uma portuguesa em erasmus também, outra luso-alemã que mora cá com quem fomos jantar à casa dela. Ela cozinhou para nós (estava óptimo aquilo que comemos). Conhecemos também um rapaz que mora com ela, alemão e que estuda no KIT. 

Depois do jantar fomos ao VogelBrau, uma brewery típica das alemanhas, em que vendem uns petiscos e a cerveja que se consome lá é de fabrico própio (até se viam lá as cubas de fermentação e tudo. Cerveja óptima, ambiente óptimo, calor no máximo. É que aqui, faz frio lá fora, assas cá dentro (em todos os sítios).

Quando estávamos a pagar, a frau que nos serviu (que nos tinha ouvido a falar entre nós em português) no final disse "gracias".. Tudo bem, não fosse ter sido a 3ª vez que pensam que somos espanhóis, antes uns senhores interromperam-nos a perguntar que língua estávamos a falar, um dizia que era português o outro dizia que era espanhol (ganhou o primeiro e bebeu mais 12342134 minis de 0,5 L para festejar); outra altura um jovem que estava à porta do irish bar também nos perguntou se éramos espanhóis (é da maneira que não nos pedem o dinheiro que lhes devemos). 

Quando estávamos a vir para casa, passei a estrada para ir para o lado correcto do tram, e eis senão quando vem um carro da polícia a passar e enquanto sofria de um mini heart attack, pensei que já ia para alguma espécie de campo de concentração ou pagar uma multa de alguns M€, mas não, "c*garam" e andaram (devem ter pensado que era espanhol ou assim).

Ao irmos para casa averiguamos algumas dezenas de bêbados a deambularem pela rua, como em portugal, afinal era sábado à noite.

Chegamos ao hostel e depois de combinarmos que no dia a seguir íamos levantar tarde (10h), lá fomos para os nossos quartos. Exercício do costume, tirar a roupa com barulhos mínimos e visão reduzida. Após esse exercício, toca a escalar a cama com as escadas mais cortantes de que me lembro e deitar o cadáver nos duros lençóis e a cabeça na almofada enorme (tem à vontade 1cm de altura, para se estar minimamente bem tem que se dobrar pelo menos em 4). A isto tudo já estava habituado, já era a 3ª noite, ao que vem a seguir é que não foi tão fácil. Tinha havido substituição de residentes, saiu com o número 3 XXX, um jovem em busca de uma casa aqui, e entra com o nº 6 um comboio em constante travagem e com uma multidão no seu interior a entoar cânticos de morte a mim (não terá sido bem assim, mas foi assim que me soou ontem!). Eu desconhecia que fosse possível alguém ressonar tão alto! Há uma altura em que parou, e eu pensei "é desta que me boto para o reino dos sonhos"... Nope, chuck testa! Ele voltou, o comboio da morte voltou, e com força redobrada... E eis senão quando me lembrei deste termo "apnéia do sono"... Ele ficava praí meio minuto sem respirar e depois era cada estouro que eu pensei que se ia desta para melhor... Olho para o lado e o "vizinho" também estava às cambalhotas na cama por não conseguir dormir com aquela sinfonia demoníaca. Quando, em desespero e depois de repetir 10 vezes "não vou colocar-lhe a almofada na cara até ele se calar", coloquei os phones gigantes que possuo, a coisa abrandou e lá adormeci... Não sei se eu próprio ressonei ou não (sei lá o meu organismo podia estar a querer vingar-se), mas sei que dormi como um anjo. Vim a saber que esse maestro da carnificina é um mexicano simpático, que já esteve em portugal e tenciona lá voltar (espero que fique praí no algarve, mais perto que isso vou ouvi-lo de certeza!). E ficamos amigos, aqui é assim: dizes "hi" a alguém e passa automaticamente para a lista dos teus melhores amigos.

Depois de uma banhoca demorada e relaxante, encontrá-mo-nos, na recepção e como levantamos tarde (10h) perdemos o pequeno almoço, logo fomos em busca de comer algo.

Depois de procurar um bocado (ao domingo está quase tudo fechado) acabámos no Burguer King. Lá perguntámos se falava inglês ela disse que não, depois chamou a gerente e ela disse que sim, falava inglês. Esqueceu-se foi de dizer que era um inglês de marte ou assim... Foi um trabalho medonho conseguir rilhar um hambúrguer com aquela poliglota de outra galáxia.. Conclusão: aqui toda a gente fala inglês, menos quem trabalha nas cadeias de comida internacionais, faz sentido.

No final do almoço, fomos tomar um expresso (mais 1,90eur) mas o cansaço é muito e o café sempre ajuda alguma coisa.

Após essa delícia, fomos ver a parte mais bonita da cidade, um parque enorme, com lagos, relva, muitas árvores. Muito sossego, muita beleza, muita gente a passear com os cães e os filhos e com os namorados e namoradas e com luvas e gorros. Até um par de sapatos no meio da relva vimos, não vimos foi o resto da pessoa a quem pertenciam os sapatos...

Vimos também o estádio do KSC -Karlsruher Sport Club. Fenomenal! Temos que lá ir ver um jogo e tentar não levar com nenhuma lata de cerveja nas fontes.

Com a cidade quase toda conhecida, concluímos que é uma cidade muito gira, muito prática e bastante acolhedora.

Amanhã começamos a organizar o nosso trabalho com os nossos orientadores.

Hoje é dia de ver jogo da bola, a bilhas não quer, e está no seu direito, desligo a tv da cozinha! xD



Notas finais: é as que temos, e ao que estamos a gastar nesta semana, não hão-de durar muito.


E é tudo por agora, passo a emissão para vocês ai em Aachen.

Carlos Fino, RTP, Karlsruhe

Cumps.


Rally das Cervejarias

Guten Morgen Matosinhos,

Diz que chegaram à Alemanha dois individuos de grande beleza, mas também a Bilhas e a Pisto, sendo que a mim "calhou-me o cocó" e vim com a Pistinho para Aachen. No entanto ainda não pusemos os pés da dita cuja, pois o grande tio da Pisto, o xô Jorge, foi-nos buscar ao aeroporto e está de momento a oferecer-nos estadia na piquena, mas mui bonita cidade de Emsdetten.

Com a nossa visita ao encargo do nosso guia privado fomos "mediatamente" conhecer o centro da cidade, que apesar de pequeno é bastante agradável à vista e à máquina fotográfica. Seguindo depois para a grande Associação Portuguesa de Emsdetten, cuja presidência é assegurada este mandato pelo xô Jorge, onde fui imediatamente brindado com um finaço e a Pisto com um belo de um café à portuguesa. Remeto-vos agora à grande foto-montage em Paint, onde chamo a vossa atenção ao buço que se deixou aqui crescer em três dias.

Epic Paint Skills.
Ora mais um passeio para aqui e outro para ali, um jantar de cataplana às seis da tarde, e heis que seguimos para a vida nocturna desta vila, que no nosso caso foi um verdadeiro rally das tascas (que de tascas não tinham nada).

Começando pela cervejaria Socorro, em nome da sua dona, uma brasileira toda tola e bem afagadinha, rilhamos logo uma Krombacher e um ou dois shots para animar, onde de facto começamos por verificar a qualidade bem agradável das cervejas que por aqui se vendem. Seguimos então para outro estabelecimento também ele muito agradável para experimentar mais uma marca de cerveja, que tinha até uma mesa com mega ecrã touch para se jogar aos Trivias e outros cenários (máquinas para isso é muito mainstream), e melhor ainda, os urinóis tinham pequenas balizas para se apontar a mijadeira, o que tornou todo o acto muito mais interessante, a meter o golo mesmo no cantinho à campeão! Acabando depois a nossa volta pelas cervejarias numa terceira, a mais antiga da vila, onde o dono falava portunhol à boss.

Depois de neste rally ouvirmos grandes hits musicais como "Ai se eu te pego" e "O ritmo do amor" decidimos ir à discoteca/bar da zona beber uma weissbier de meio litro bem boa (lê-se "vai-se vi érre" ou algo do género, aprendam que isto dá jeito) enquando viamos as alemãs a dançar, mas só do umbigo para cima, invocando à memória os cabeçudos.

Para finalizar o dia e a noite fomos degustar um prato típico alemão às duas e pico da manhã, a belíssima da wurst (salsicha) com molhos e batata frita, que como podem ver pela foto, só de olhar para o prato sente-se logo a artéria a apertar forte. Os molhos tipicos com este prato é maionese e ketchup, mas este último é literalmente compota de tomate de tão doce que era a puta.

Ai que bela refei-arghhhhhhh.
E assim foi o nosso primeiro dia pelas Alemanhas, lebewohl!

Ressaca de café

Antes de mais, o nome do blog é germany for four, mas parece que os outros 2 se perderam pelo caminho, uma vez que teimam em não aparecer. O clip deve estar à espera de deixar crescer o bigode para começar a escrever.

Hoje é dia parado. Está tudo fechado e vê-se muito menos gente na rua. Contudo descobrimos um parque aqui da moda que a nosso ver é realmente o sitio ideal para passar o domingo.

Para variar estamos aqui no " net de borla" a ver se nos conseguimos ver livres do tédio da pousada.
Por falar da pousada, coitadinho do Carlinhos, ele já não aguenta com os mastodontes que lhe vão surgindo no quarto. Esta noite surgiu um que parecia um motor a trabalhar e não deixou o nosso pequenote dormir. O desespero dele era tanto que até gravou o amigo e para adormecer teve que por aqueles phones gigantones na cabeça. Ainda queria perceber como conseguiu dormir com aquilo.

Ontem já começamos a conhecer umas amigas. Também tem que ser, se não qualquer dia já nem aguentamos olhar um para o outro :P.
Os portugueses de facto são super calorosos.

Sabem de que sinto falta? Café. Ai o que eu preciso de café. Andamos sempre a estourar um ordenado minimo para beber uma mijoca que não faz nada. Até parece que o meu corpo anda a ressacar por cafeína. Por isso já sabem se me puderem mandar uns saquinhos de café moído, agradecia que eu no ponto que estou até acho que mando um risquinho de café.

Bem não vou acrescentar muito mais porque não estou nas minhas capacidades, e depois o Carls acaba e finaliza isto com muito mais piada.

Beijos e abraços

sábado, 25 de fevereiro de 2012

A nossa vida dava um filme Turco.



Olá cambada,

espero que se encontrem de saúde, pois nós também estamos fazendo por isso. 

O tempo está ameno de temperatura com tendência a chuviscos da parte da manhã e da tarde também, o vento sopra de nordeste para o Sudoeste (inda não sabemos se vamos este ano, mas é só em Agosto, por isso depois vê-se) e a humidade é relativa.

Ora bem, estamos de volta ao Starbucks (ou em português: "net grátis") o que permite fazer um novo ponto da situação.

Portanto, ontem saímos do Starbucks e fomos ver o sítio onde vamos efectuar as nossas experiências científicas de nobre e redobrada importância para a comunidade científica e cidadãos do mundo em geral: Max Rubner Institute. Aqui foi muito fácil lá chegar: pegámos no mapa like a boss, olhámos bem para ele e traçamos a rota, mete-mo-nos no tram.. Claro está, que saímos 3 paragens à frente.. Uma jovem voluptuosa e muito simpática ouviu as nossas preces e como ia de tram para casa no mesmo sentido que o nosso disse que nos guiava (ela tinha um sentido de humor um bocado sarcástico e gozava com tudo, mas ainda nos rimos bastante com ela, no final levou um aperto de mão e um "thanks", bem bô) e guiou, abençoada criatura.

Descobrimos que em frente ao local onde vamos trabalhar "habita" uma brewery, com um restaurante onde vendem a cerveja que fabricam mesmo ao lado. Não é que a gente vá beber essa bebida do capeta, mas fica o apontamento.

Depois de km andados ao longo do dia, retornámos à base (pousada) para fazer nem sabemos bem o quê, uma vez que lá só se pode dormir e tudo o resto paga-se (sendo que o dormir já nós pagamos logo no início). Pousamos as coisas e fomos jantar.

O jantar ontem foi, finalmente, comida típica da Alemanha: chinês! (quer-me parecer que os restaurantes alemães são tão fracos que os próprios alemães os querem é longe daqui). No chinês pedimos 2 pratos diferentes, porque não sabíamos que vinham em doses de cavalo.. E para beber, e porque tínhamos muito que empurrar, pedimos 1 cola (para os 2)... Quando viram 2 cavalheiros a pedirem 2 pratos de comida gigante e 1 cola para 2, aqueles senhores até ficaram com os olhos em bico (o que eles não se devem ter rido com aquilo). Saímos de lá super cheios e com um secão que contado nem o Tomé acredita (mas já lá vamos às questões religiosas). Nota aquática: aqui a água é toda com gás, a água sem gás é rara e bem mais cara, vá-se lá saber porquê.

Terminado o jantar, fomos rilhar uma cerveja (a rebolar, claro) ao Ubu, um café/bar muito arranjadinho, com um ambiente calmo mas bem composto. Foram 3 loiras, 2 pilsener e a empregada de balcão (apesar de bem delineada, não nos ligou muito). Neste local, ouvimos músicas como: Michel Teló - Ai se eu te pego e Lucenzo e Don Omar - Dança Kuduro.. Ai globalização, a quanto obrigas..

Um pouco antes da meia noite fomos para casa (na pousada só se pode comprar net até à meia noite) mandar uns mails importantes que tínhamos que mandar. Após entrar uma data jovens barulhentos pela pousada adentro a fazer barulho como se não houvesse tomorrow, o homenzinho da recepção passou-se e proferiu umas palavras em alemão (espero que não seja nada relacionado com o vudu, não que tenha medo disso, é mais respeito) lá fomos todos dormir... E voltou a sinfonia de Beethoven, mas em versão moto-serra.. Apesar disso, dormi que nem um anjo..

Alvorada às 8h00, outra vez para apanharmos o pequeno almoço (que esta incluído, apesar de "migalhas serem pão" agente prefere comer uma grande carcaça de pão com queijo do que as ditas migalhas). E partimos rumo à cidade outra vez.

Finalmente um café decente! Um expresso num restaurante Italiano, custou 1,90 eur cada e estava um bcd cheio, mas deu a matar a saudade desse menino.. 

Estamos nós a acabar o café e eis senão quando, nos aparece uma senhora a falar de religião. Dissemos que éramos portugueses e ela disse que tinha lá umas pagelas em português sobre jesus. Fomos lá ver e estavam em português e foi mt engraçado, apesar de não sabermos bem de que religião ela era.. Muito provavelmente ela defendia a anarquia e era amiga pessoal do demo e estava a falar era do jorge jesus (o inglês dela era um bcd estranho) mas a gente disse que sim e que íamos entregar a vida ao senhor, mas que naquele momento tínhamos que ir que ainda tínhamos umas coisas para fazer.

O resto da manhã foi passado em visita pela cidade, e que linda cidade! Ruas amplas, edifícios com construções muito engraçadas, quase todos diferentes embora do mesmo género. Vimos também centros comerciais e quando vemos os preços das coisas aqui, choramos.. Choramos não porque sejam caros, mas porque, regra geral ou são ao mesmo preço ou são mais baratos aqui! Alguém anda a chular-nos no nosso Tugal, me parece..

Hora de almoço, e mais uma casa típica alemã: um restaurante Turco! Super simpáticos, comida boa e até nos ofereceram chá turco no final. Um deles parecia o Quaresma e às tantas era mesmo, a avaliar pelo tempo que já não lhe pagam o salário de ter tido que se fazer à vida.

Nota mental:
- a malta que está no meu quarto é fixe, um deles é francês e até já estivemos a falar do lucho e tal porque ele era do marselha.. Ele falou um bocado mal do lucho, eu não concordei mas disse-lhe sempre que sim, porque ele era muito grande e eu não quis chateá-lo;

Conselho para não ficares mal:
- quando alguém fala contigo no tram, não faças de conta que não é nada contigo, diz apenas "english, please" que ela vai dizer-te "I leave in the next stop" e tu levantas-te e deixa-la sair;´

Agradecimentos:
- agradeço a cristo por estar com saúde e estar tudo a correr bem (decidi pôr aqui isto, porque me parece que a outra tinha mt influência na equipa do capeta pelo que pode dar jeito ter amigos do outro lado e mais, o outro quase de certeza que andou a dar no vudu e bem que podemos dar uso à força de chessssusssss - garganta esta foi pa ti!)


cumps

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Karlsruhe: chegada e primeiras impressões

Olá maltinha,

estou em terras de sua majestade... Vah, minto, estou na terra daquela gorda com cabelo curto que só come salsichas e que empresta dinheiro a toda a gente só pa poder ganhar mais dinheiro pa comer mais salsichas.

Chegámos bem, o  voo foi porreiro, as malas bateram todas certinhas nem mais nem menos (as minhas, porque as da bilhas passaram e não foi pouco, por falar nisso temos que ir dar de comer ao gato e ao cão que ela trouxe).

Tivemos que ir do aeroporto para a pousada de taxi, porque o avião atrasou-se 15min e perdemos o autocarro e não iriamos conseguir chegar à pousada antes da meia-noite o que representava ficar na rua, pelo que arrotámos 80eur (40eur cada).

A parte pior é estar a dormir na pousada da juventude num quarto de 6 pessoas, onde estão 5 gigantes que fazem muito barulho a respirar (os alemães são tão certinhos que até respiram todos ao mesmo tempo). Temos pequeno almoço incluído e enfardei como um porco só pa ver se fico afrontado e esta noite respiro mais que eles todos juntos! (agora a sério, são mt simpáticos e respeitadores :) )

De manhã fomos à univ, é muito fixe e grande. Vamos perguntando coisas às pessoas e elas dizem-nos tudo e quase todas falam inglês e até bastante bem (menos o iraniano do mcdonalds e o turco do restaurante turco que falam muito bem umas línguas que não compreendemos).

O tram (tipo eléctrico) é excelente e pára msm em frente à univ. 

Temos reunião com os nosso orientadores na segunda, reunião para tratar da residência quarta e reunião para tratar de alguns outros docs a meio de março (aqui o semestre começa mais tarde, mas nós começamos a trabalhar no início de Março - tudo dentro dos conformes, portanto)

A net na pousada paga-se (e bem paga) pelo que estamos agora no starbucks a rilhar um café todo esquiso (mas gostoso) e estamos a usufruir da net como se tivessemos comido lagosta ou assim.

Hoje almoçamos num sítio engraçado, Turco, e pedimos pa lá uma coisa que até tinha bom aspecto e até era boa embora um bocado enjoativa (a dada altura aparece arroz lá para o meio e uma coisa que acreditamos ser cus-cus LOL, enfim 6 meses de diarreia forte nos esperam, a sorte é que a fralda aqui está muito em conta!)

Para finalizar, um aparte: quando estava no táxi a caminho da pousada pensei que estava em agosto, tal era a quantidade de emigrantes na estrada! LOL Mas afinal não eu é que tinha saído do nosso rico Portugal, que por aqui ninguém conhece senão pelo facto de devermos dinheiro a toda a gente xD

Vá, meus amigos despeço-me com amizade e até breve, quando for tendo net dou notícias, quando assentar e tiver melhor net começamos a falar pelo skype, face ou gmail.

Schuss

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Purpose

Este blog pretende ser um diário, actualizado semanalmente, com um post por mês para o próximo 1/2 ano.
4 indivíduos põem-se a monte para dissertar like a boss.