terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Na terra onde eles dançam mais que elas.

Diz que isto de ter guia até dá um jeitinho para conhecer uns cenários... Ou como diz o outro, segundo dia nas alemanhas (sim Bilhinhas posts atrasados e o camandro!), segunda associação portuguêsa que conhecemos (farto de portugueses pah!).

Começando então a noite num magnífico jogo de Kegel, coisa famosa por aqui, foram passados bons momentos a atirar bolas ao calhas enquanto eramos gozados pelo povão mais experiente (mentirinha jogamos de caralho daquilo) e a bebericar umas fresquinhas, tendo oportunidade de quebrar todas as regras do jogo por azelhiçe, arrecadando entretanto algumas jogadas míticas como o super-strike da Pisto e a minha jogada fabulosa "escorrega-a-bola-da-mão-passa-por-cima-do-fio-e-pelo-meio-dos-pinos-sem-atirar-nenhum-abaixo".

Kegel: parecido com bowling, mas bolas pequenas sem buracos, chão estreito, e a bola tem que passar por baixo da corda.

Segue-se então para a jantarada na dita segunda associação, em Borghost, onde constatamos que o bom português até na Alemanha arranja maneira de roubar ao estado, e posso-vos dizer que é de caçadeira na mão! Sim porque ganhar dinheiro como esterco nunca é suficiente, há que arranjar mais uns troquitos entre manhas e papelada... Tugas sempre a dominar a situação.

Após várias conversas com diversos imigrantes sobre o que realmente se passa aqui na terra das Merkerls, metemos a terceira e seguimos para a parte mais interessante da noite: a discoteca INDEX. Apanhamos uma juventude aqui da zona (gentes faladoras do português) e abre alas até chegarmos a uma das maiores discotecas da Alemanha. Basicamente imaginem o Pacha mas em ponto grande.

Até vos podia falar de como a discoteca é bonita e fófinha, com um ambiente brutal, onde tudo o que é gajo sobe para as mesas para dançar em vez delas (assustador em sei), mas nada disso se compararia à nossa aventura pelos quinhentos bares das várias pistas da discoteca.

Ora sucede que já farto de falar português, ponho os tomates no sitio e vamos lá pedir uma bebida em alemão. Perguntei então ao povão como se pedia vodka-maracujá (tomates no sitio mas a pedir uma bebida de coninhas) e lá fui eu, seguindo-se então o diálogo:

Clipzinho: Hallo! Eins vodka-maracuja! (tudo com uma excelente articulação do alemão claro... Not.)
1ª empregada: Não percebeu.
Clipzinho berra: EINS VODKA-MARACUJA!
1ª empregada desiste e chama a segunda empregada.
Clipzinho repete o berro anterior, e após decidir que não devia haver maracujá, passa para o limão: Vodka-Lemon!
E finalmente a segunda empregada serve-me uma bebida num copo pequeno, que se veio a revelar suminho de limão... mas do bom! Daquele de 3 euros.

Óbviamente fui despejar as minhas mágoas na Pisto, e ela, com bastantes mais tomates no sitio que eu, segue também ao bar pedir duas vodkas-limão, as quais após vários gritos, berros e gesticulações, acabaram por ser shots de tequilla. Mas não contentes, ála pedir umas cervejas da moda só para nos espetarem com panachés de garrafa do bucho... em suma, muito de alemão se falou no nosso segundo dia.


E assim se acabou a noite meus amigos, após grandes hits da nossa infância como Sandstorm, Barbie World, Samba di Janeiro e Ai se eu te pego, e um certo alemão que se atirou forte à Pisto, o qual foi descartado por, imaginem, não saber onde era Portugal, o pobre coitado.

Still in Emsdetten.

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