terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Karlsruhe, não há nada como tuhe

Hallo pips,

é terça-feira, a meio da tarde e estou de volta ao "net grátis café", vulgo Starbucks. Estou sozinho hoje, porque a maria joaquina (Bilhas) teve que ir trabalhar hoje e eu não (começo na segunda). Mais uma prova de que os alemães são inteligentes, há que botar as mulheres pó trabalho mais cedo porque a elas custa-lhes mais a aprender as coisas e precisam de tempo para amainar o conhecimento naquelas coisas que têm em cima dos ombros (tou só a brincar a bilhas até sabe umas coisas, inda ontem contou até 10. Fiquei mesmo orgulhoso!)

Ora no domingo, depois de jantar fomos para a pousada para ver o fcp na net. Depois de quase ter tido um ataque cardíaco com o penalty falhado, lá ganhámos e a bilhas já pôde tirar a fralda, porque julgou que se não ganhássemos ela é que ia "pagar a factura" (julgou bem pq eu tava sem dinheiro).
Após o jogo, fui rever os meus artigos (tínhamos reunião no dia a seguir com os orientadores), enquanto foi a vez dela ir à net. Facto engraçado destas "couple hours" é que o trompetes (aquele tipo que ressonava como a emily rose quando estava no pico do exorcismo) estava a falar com uma chica na net. E eu pensei de mim para comigo "OOOOOptimo!!! Se eu não for para a cama antes de ele ir, tenho fortes possibilidades de adormecer antes do comboio das 2h!!". De maneiras que estava com um olho no estudo outro no bulldozer. Ele acaba lá os espantos que estava a fazer em frente ao pc e vai pa se deitar, eu e a bilhas fomos também. Quando chego ao quarto (32 segundos depois dele, só pa disfarçar que não foi pensado) ele estava de luz ligada e a mexer em tudo o que era mala e os outros todos, que já estavam a dormir, estavam a rebolar na cama por causa da luz e a fazer barulhos de sacrifício. Dois deles eram novos ali e eu pensei: "Ai estais a queixar-vos da luz?? Esperai até ele a apagar, aí ides ver o que é dor!" e sorri ao pensar na forma agreste como este jovem trata os sentidos dos outros. O que é certo é que, na corrida do "quem adormecer mais rápido ganha" em que participava só eu, porque para ele era igual, ganhei! Não ouvi um single noise, ou então ele desobstruiu as vias respiratórias com alguma espécie de guindaste ou de piaçaba.

Manhã de segunda-feira, levantar tomar banho (aqui somos os únicos que tomamos banho de manhã, somos os estranhos), tomar pequeno-almoço (melhor e mais barata - grátis - refeição do dia), apanhar o tram e efectuar o meeting com os nossos orientadores.

Depois de anunciados, lá chegam eles, Mark e Sven. Simpáticos e prestáveis lá nos levaram em modo tour, pelo Marx Roubner Institut, onde conhecemos pessoas, locais de trabalho, reactores, programas,... Enfim tudo por onde se vai passar a acção. Ficámos bastante satisfeitos com o que vimos e com o que vamos fazer.

Hora de almoço: 11h30. Sendo que aqui é +1h, quando forem 10h30 em Portugal, vamos estar nós a almoçar (pacífico). Fomos almoçar com os investigadores, à Mensa (a cantina da universidade), e pela primeira vez comemos um prato tipicamente alemão. A experiência foi: positiva. É que embora não faça a mínima ideia do que comi ou do que continha aquilo, gostei. Apenas consegui constatar 3 coisas: tinha aspecto de lasanha, sabia a lasanha, não era lasanha. Ah, constatei também que tinha batata, mas tipo aqui tudo tem batata. Por isso é que vimos ao starbucks, é o único sítio onde não nos servem um café com batata (brincadeira, servem sim se a gente pedir).

De tarde, andámos a tentar comprar bicicletas. Tentámos encontrar lojas, para saber preço e para saber se arranjam bicicletas, porque temos uma pessoa de cá que nos dá uma, mas que está um bcd velha e precisa de uns ajustes.. Lá encontramos uma loja, entrámos e encontrámos o vendedor mais estranho de sempre. Falava tipo a cantar com uns "hmm?" em jeito de "tás a perceber?" lá pelo meio e parecia não querer fazer negócio, ou já estava calejado com estudantes lá a fazer negócios fail (ou em português: negócios à moda da gaita). Como ideia geral da nossa ida lá ficou-nos: ele vende bicicletas da peugeot (what?? a gasóleo ou a gasolina?), a mais baratuxa fica por mais de 400eur ("mas é muito segura" dizia ele.. Ai não duvido que seja, mas é para ele, que ao vender uma daquelas quase que faz o mês!) e que ele é menino de nos arranjar a outra bicla, mas que a coisa é capaz de ficar aí por uns 200eur. Muito obrigado amigo, prazer em conhecê-lo, mas agora temos que ir que temos o tacho ao lume e aquilo inda se queima.. E partimos, com a ideia de que realmente temos que comprar uma bike aí a algum macambúzio que esteja a abandonar o erasmus, e que o preço não passe os 30 aéreos.

Fomos à pousada pousar as coisas para ir jantar, e algo de estranho se passava. Ao longe começamos a avistar muito boné e muita cabeça oxigenada.. Aproximá-mo-nos e reparamos que está por lá uma malta "estranha ao serviço". Vá-se lá saber porquê, cuspiam tudo... Pensámos: ou são os Tokio Hotelo (aqui a bilhas ficou toda contente, pensou que íamos deixar de dormir numa pousada) ou efectivamente um de nós ia ser violado e eu, subtilmente, começo a empurrar a bilhas para a frente, pode parecer falta de cavalheirismo, mas não era, a razão é que estavam a doer-me muito as costas e não queria piorar.
No final de contas e com o tempo, verificámos que eram uma malta até bastante porreira e simpática, e valeu por conhecê-los porque eram bastante diferente do que tínhamos visto até agora.

Jantar num italiano no centro comercial, pizza. O dono interpretou que éramos espanhóis (não lhe escapa uma) e perguntou "espanhóisi?", nós: "portugueses", ele "postuguesi? Porqui não falani italiani" (ou algo do género) e lá começamos a falar português mas com as palavras todas terminadas em "i". E ele prosseguiu, "Itáli e Portugali, paísi irmani" e nós "si, clari" e ele "aqui na cidadi, muiti portuguesi" e nós " siri? ondi?" "Dolce Vita, tem nomi italiani, mas ere portuguesi" e ele virou-se de costas a explicar e a dizer: "dskfjaskldi skdffaji asdjahsdi asdasdgi" vira-se outra vez pa nós e: "fácili" e nós com cara de cú: "obrigadi". Depois, erradamente, tentei dizer-lhe que era aos locais italianos que íamos para tomar expresso, em bem da verdade, não sei bem o que lhe disse, só sei que ele respondeu isto: "Espresso? Temos, quanti queri?", como não sabia dizer-lhe nada disse "espiri, uno minuti, vamos comeri" a meio da refeição grita ele lá do balcão: "hombre! hombre! Expresso?" e eu: "mais um minuti" e depois de comermos lá fui buscar o expressi... Deus, que bom! O melhor e mais barato expresso que bebemos aqui, melhor que em muitos sítios em portugal, por "apenas" 1,50 eur. No final de contas até ficámos felizes e o gajo também, porque gostava de falar, mesmo que seja com alguém que não o percebe.

Ao sair do centro comercial lá fomos procurar o "Dolce Vita", até desistirmos depois de uma horita a passear em busca dos "portuguesi". Depois voltamos a tentar. Fomos para a pousada.

Hoje foi dia de "pica-boi" para a bilhas e lá foi ela cedo trabalhar (alguém tem que botar o pão na mesa) e eu acordei tarde (10h), antes que chegasse a mulher da limpeza como da outra vez e quase me apanhasse com a bela da nádega à vista. 

Almoçámos no turco onde já tínhamos comido uma pizza muito gostosa e desta vez não desiludiu e fez um pitéu maravilhoso do qual já não me lembro do nome. Trabalham bem e são simpáticos, porreiro pah!

Amanhã ou depois muda-mo-nos para a residência, vai ser fácil atravessar a cidade com 3 malas cada um. Na boa mesmo! E se nos der a fome, inda vamos a rilhar qualquer coisa e levamos as malas todas só com uma mão. 


Alguns apontamentos:

- ontem deu entrada na pousada uma senhora enorme (gigante mesmo) e com um cabelo de orientação estranha, que à primeira vista me pareceu o Herman José, mas que a bilhas preferiu nomear de "mulher do Hagrid", diz a bilhas: "ela deve sofrer de gigantismo" ao que eu repondi: "não, do gigantismo sofre o marido". Ela chegou a fazer uma vez amor por cima, com o primeiro marido, depois enviuvou e com este já não faz. O medo da bilhas era que ela fosse parar ao quarto dela, pois a única cama disponível era a que ficava precisamente acima dela;

- finalmente ontem vi aí umas alemãs daquelas mesmo boas e tal. Uma delas era mesmo fora-de-série, assim vale a pena porque os olhos também comem!;

- tal como acontece com o songoku não se pode deixar a bilhas olhar para a lua, quando for noite de lua cheia senão acontece o que se pode ver na foto aí em baixo.



Tschüss

3 comentários:

  1. Eu gostava de perguntar se não é possivel termos lua cheia assim tipo sempre? Muito obrigado e cumprimentos a todos

    ResponderEliminar
  2. LOL podr, podáimos...Mas não era a mesma coisa.

    PS. Já lhe comprei uma máquina depiladeira, para lhe raspar todas as pilosidades xD

    ResponderEliminar
  3. LOL! Eu rio-me de caralho com as tuas merdas meeeeeeeeu! XD
    Acho que agora que estou desempregado vou ter mesmo de vos visitar, as gargalhadas vinham mesmo a jeito :D
    Vês? Eu disse-te das bikes! Ou arranjas alguem que esteja p basar ou vão-te ao cú com uma pinta do caralho ;)
    Vegetta

    ResponderEliminar