domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sem o satrbucks não havia net grátis, mas como há starbucks há net grátis

Olá malta do mundo e arredores,

back to the free internet, back to the situation point.

Ontem conhecemos duas raparigas. Uma portuguesa em erasmus também, outra luso-alemã que mora cá com quem fomos jantar à casa dela. Ela cozinhou para nós (estava óptimo aquilo que comemos). Conhecemos também um rapaz que mora com ela, alemão e que estuda no KIT. 

Depois do jantar fomos ao VogelBrau, uma brewery típica das alemanhas, em que vendem uns petiscos e a cerveja que se consome lá é de fabrico própio (até se viam lá as cubas de fermentação e tudo. Cerveja óptima, ambiente óptimo, calor no máximo. É que aqui, faz frio lá fora, assas cá dentro (em todos os sítios).

Quando estávamos a pagar, a frau que nos serviu (que nos tinha ouvido a falar entre nós em português) no final disse "gracias".. Tudo bem, não fosse ter sido a 3ª vez que pensam que somos espanhóis, antes uns senhores interromperam-nos a perguntar que língua estávamos a falar, um dizia que era português o outro dizia que era espanhol (ganhou o primeiro e bebeu mais 12342134 minis de 0,5 L para festejar); outra altura um jovem que estava à porta do irish bar também nos perguntou se éramos espanhóis (é da maneira que não nos pedem o dinheiro que lhes devemos). 

Quando estávamos a vir para casa, passei a estrada para ir para o lado correcto do tram, e eis senão quando vem um carro da polícia a passar e enquanto sofria de um mini heart attack, pensei que já ia para alguma espécie de campo de concentração ou pagar uma multa de alguns M€, mas não, "c*garam" e andaram (devem ter pensado que era espanhol ou assim).

Ao irmos para casa averiguamos algumas dezenas de bêbados a deambularem pela rua, como em portugal, afinal era sábado à noite.

Chegamos ao hostel e depois de combinarmos que no dia a seguir íamos levantar tarde (10h), lá fomos para os nossos quartos. Exercício do costume, tirar a roupa com barulhos mínimos e visão reduzida. Após esse exercício, toca a escalar a cama com as escadas mais cortantes de que me lembro e deitar o cadáver nos duros lençóis e a cabeça na almofada enorme (tem à vontade 1cm de altura, para se estar minimamente bem tem que se dobrar pelo menos em 4). A isto tudo já estava habituado, já era a 3ª noite, ao que vem a seguir é que não foi tão fácil. Tinha havido substituição de residentes, saiu com o número 3 XXX, um jovem em busca de uma casa aqui, e entra com o nº 6 um comboio em constante travagem e com uma multidão no seu interior a entoar cânticos de morte a mim (não terá sido bem assim, mas foi assim que me soou ontem!). Eu desconhecia que fosse possível alguém ressonar tão alto! Há uma altura em que parou, e eu pensei "é desta que me boto para o reino dos sonhos"... Nope, chuck testa! Ele voltou, o comboio da morte voltou, e com força redobrada... E eis senão quando me lembrei deste termo "apnéia do sono"... Ele ficava praí meio minuto sem respirar e depois era cada estouro que eu pensei que se ia desta para melhor... Olho para o lado e o "vizinho" também estava às cambalhotas na cama por não conseguir dormir com aquela sinfonia demoníaca. Quando, em desespero e depois de repetir 10 vezes "não vou colocar-lhe a almofada na cara até ele se calar", coloquei os phones gigantes que possuo, a coisa abrandou e lá adormeci... Não sei se eu próprio ressonei ou não (sei lá o meu organismo podia estar a querer vingar-se), mas sei que dormi como um anjo. Vim a saber que esse maestro da carnificina é um mexicano simpático, que já esteve em portugal e tenciona lá voltar (espero que fique praí no algarve, mais perto que isso vou ouvi-lo de certeza!). E ficamos amigos, aqui é assim: dizes "hi" a alguém e passa automaticamente para a lista dos teus melhores amigos.

Depois de uma banhoca demorada e relaxante, encontrá-mo-nos, na recepção e como levantamos tarde (10h) perdemos o pequeno almoço, logo fomos em busca de comer algo.

Depois de procurar um bocado (ao domingo está quase tudo fechado) acabámos no Burguer King. Lá perguntámos se falava inglês ela disse que não, depois chamou a gerente e ela disse que sim, falava inglês. Esqueceu-se foi de dizer que era um inglês de marte ou assim... Foi um trabalho medonho conseguir rilhar um hambúrguer com aquela poliglota de outra galáxia.. Conclusão: aqui toda a gente fala inglês, menos quem trabalha nas cadeias de comida internacionais, faz sentido.

No final do almoço, fomos tomar um expresso (mais 1,90eur) mas o cansaço é muito e o café sempre ajuda alguma coisa.

Após essa delícia, fomos ver a parte mais bonita da cidade, um parque enorme, com lagos, relva, muitas árvores. Muito sossego, muita beleza, muita gente a passear com os cães e os filhos e com os namorados e namoradas e com luvas e gorros. Até um par de sapatos no meio da relva vimos, não vimos foi o resto da pessoa a quem pertenciam os sapatos...

Vimos também o estádio do KSC -Karlsruher Sport Club. Fenomenal! Temos que lá ir ver um jogo e tentar não levar com nenhuma lata de cerveja nas fontes.

Com a cidade quase toda conhecida, concluímos que é uma cidade muito gira, muito prática e bastante acolhedora.

Amanhã começamos a organizar o nosso trabalho com os nossos orientadores.

Hoje é dia de ver jogo da bola, a bilhas não quer, e está no seu direito, desligo a tv da cozinha! xD



Notas finais: é as que temos, e ao que estamos a gastar nesta semana, não hão-de durar muito.


E é tudo por agora, passo a emissão para vocês ai em Aachen.

Carlos Fino, RTP, Karlsruhe

Cumps.


2 comentários:

  1. O que vale é que tantos anos a estagiar com o Chinca já estás mais que preparado para essas provações do sono....a quanto é o Starbucks ???

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  2. Vamos pôr as coisas desta forma: num chão de tijoleira, o chinca seriam umas pantufas a deslizar, este menino seriam duas botas antigas de madeira e tacão alto com ferros variados ao penduro em em vez de andar, estaria a saltar... O Starbucks não foge muitos dos preços dos outros sítios.

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